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Mohlakeng Youth Career Day, uma tarde de desenvolvimento juvenil.

  • Foto do escritor: Stefanie Laufer Terdiman
    Stefanie Laufer Terdiman
  • 2 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Saímos um pouco do projeto principal que estamos realizando para ajudar os adolescentes da comunidade. Queríamos realizar uma atividade, mas seria complicado 15 pessoas escolherem o tema, liderarem o relacionamento e decidir o que faríamos com a ONG selecionada. Então eu e o Mexicano, Moises, nos voluntariamos para ir conhecer o espaço e planejar a atividade junto com a instituição.

A coordenadora do programa, Beata, escolheu uma ONG local chamada Mohlakeng Youth Movement que faria uma exposição vocacional em alguns dias. A instituição nasceu há três anos com o objetivo de levar livros para as crianças, a conhecida “Underground Library”. Ao ouvir sobre a biblioteca e sobre o projeto deles imaginei que seria um espaço grande e bem estruturado. Fiquei surpresa ao perceber que a biblioteca que eles têm tanto orgulho tem apenas poucas prateleiras e muitos dos livros estão em condições muito ruins.

Uma das colaboradoras da ONG, Sibati, falou uma frase que ficou muito na minha cabeça: “Eu não consigo interagir com milhares, mas consigo mudar a vida de alguns, e é isso que eu faço”. Ela tem razão, não dá para crescer de um dia para o outro quando eles mesmos não tem tanta capacitação para estruturar uma empresa. Eles fazem o possível, mas não sabem dizer o que estão fazendo certo. Sugerimos voltar outro dia para conversar especificamente sobre o negócio deles e como eles podem fazer para se promover melhor para patrocinadores. Focamos então no evento.

Como a expectativa era de 60 adolescentes e o espaço que eles conseguiram como doação era grande, decidimos que faríamos um circuito no qual pequenos grupos passariam por bases com atividades diferentes para que os adolescentes pudessem interagir com os 15 profissionais da IBM que estariam ali. Com isso, entregaríamos algo mais dinâmico do que apenas palestrar sobre nossas carreiras.

Nós separamos o time da IBM em 4 grupos de acordo com as opções de cada um e colocamos um formato para cada grupo:

1 – Como se preparar para uma entrevista

2 – Atividade sobre carreiras

3 – Conversa com os Experts

4 – Atividade do macarrão + marshmellow para estimular o trabalho em equipe.

No dia do evento seguimos conforme o planejado. Claro que eu escolhi ficar nas atividades mais dinâmicas! O Moises ficou liderando o tempo e controlando os grupos para terminarmos todos mais ou menos ao mesmo tempo. Foi incrível. Me fez sentir saudades da época em que eu fui monitora em colônias de férias.

Na minha base definimos duas atividades:

1 - Passamos uma sacola com profissões escritas em papeis, eles pegavam um papel. Após a roda inteira ter suas opções, pedíamos que cada um considerasse que era esse profissional e descrevesse o que faziam. Então pedimos que eles interagissem com os outros convencendo seus amigos a trocar de profissão. A intenção era estimular o grupo a conversar uns com os outros e também que usassem o poder da argumentação. É claro que colocamos um prêmio no final para deixar o clima mais agitado. Finalizamos dizendo que não importa a carreira que eles escolherem, que eles tem que fazer com paixão e tem que lembrar que relacionamentos são muito importantes.

2 - Dividimos o grupo em duplas, um recebia um desenho que não podia mostrar para o outro e apenas descrevendo em palavras o outro tinha que desenhar as instruções. Também selecionamos vencedores. E finalizamos contando como uma comunicação pode ter um significado para quem conta e outro para quem escuta. Também reforçamos como precisamos confiar no que o outro está dizendo e como somos dependentes uns dos outros.

Foi realmente um dia especial e as crianças saíram com muitos sorrisos e muitos sonhos. Foi mágico e muito gostoso ouvir que os meus peers também tiveram uma tarde prazerosa e que bom que definimos esses circuitos de atividades mais dinâmicas ao invés de palestras.

Um ponto que me chamou a atenção foi que os adolescentes pediam para tirar selfie conosco e pediam para usar nossos celulares pois eles não tinham celular e queriam que nós nos recordássemos deles, mesmo que eles nunca veriam essas fotos.


 
 
 

Comments


COMO ACONTECEU?

#1 

Esse é um programa que eu admiro e tenho interesse desde o meu primeiro dia na IBM

 

#2

Participei do processo seletivo que levou mais de 6 meses e aguardei ansiosamente a resposta.

 

#3

Fui selecionada entre diversos candidatos. #Agoravai!

Realizando um sonho. Stefanie Laufer Terdiman.

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